Na manhã desta segunda-feira (19), um terrível episódio abalou a comunidade de Cambé, cidade localizada no norte do Paraná. No Colégio Estadual Professora Helena Kolody, uma aluna de apenas 16 anos foi morta, enquanto um outro estudante foi baleado na cabeça e encontra-se em estado grave, porém estável após ser socorrido.
Segundo informações da Polícia Militar, o ataque ocorreu por volta das 9h. Um ex-aluno de 21 anos dirigiu-se à direção da escola com o intuito de solicitar documentos, porém, repentinamente, efetuou disparos com uma arma de fogo. Karoline Verri Alves, jovem de 16 anos, foi atingida e veio a falecer no local, enquanto Luan Augusto, também com 16 anos, foi alvejado na cabeça e prontamente socorrido, sendo encaminhado ao Hospital Universitário de Londrina (HU).
A rápida resposta da polícia resultou na prisão do atirador logo após os disparos. Durante a detenção, as autoridades apreenderam com o agressor uma machadinha, carregadores de revólver e a arma utilizada no crime.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que, além das armas, o assassino possuía consigo um caderno contendo anotações relacionadas a ataques em escolas, incluindo o trágico episódio ocorrido em Suzano, no estado de São Paulo. A secretaria também revelou ter recebido informações da família do agressor de que ele é portador de esquizofrenia e está em tratamento para a doença.
De acordo com relatos das famílias das vítimas, Karoline Verri Alves e Luan Augusto eram namorados. O estado de saúde de Luan é grave, e ele encontra-se internado, entubado e sedado. Uma cirurgia está programada para ocorrer ainda hoje, com o objetivo de salvar sua vida.
Em resposta ao ocorrido, a prefeitura e o governo estadual anunciaram a suspensão das aulas em todas as escolas de Cambé, visando garantir a segurança dos alunos e proporcionar um espaço de acolhimento para a comunidade escolar, que está profundamente abalada.
Relatos de terror e pânico por parte dos estudantes presentes no momento do ataque evidenciam a gravidade do episódio. Uma sobrevivente, que preferiu não se identificar, contou que ela e outros colegas foram ameaçados pelo atirador enquanto se escondiam na sala dos professores.
“Ele nos disse: ‘Se não abrirem essa porta, todos morrerão aqui dentro’. Estávamos trancados na sala dos professores. Tentamos fugir, mas ele apontou a arma para mim e mais cinco amigas minhas, disparando um tiro. Felizmente, conseguimos escapar”, relatou a estudante em entrevista à RPC.
Outra aluna presente no refeitório no momento dos disparos também compartilhou sua experiência aterrorizante:
“Estávamos sentadas no refeitório, eu e algumas amigas quando ouvimos os disparos. Foram três tiros, parecidos com bombinhas. Quando nos viramos, vimos um rapaz na fresta do portão. Decidimos não fazer barulho e correr. Quando percebemos, ele já tinha se afastado para o outro lado. Só conseguimos ver as faíscas da arma enquanto ele atirava”, relatou.
Diante do caos e da ameaça iminente, o diretor da escola agiu rapidamente, convocando os alunos a se abrigarem nas salas de aula para se protegerem.