Neymar e outras cinco pessoas, entre elas seus pais, serão julgados no dia 17 de outubro no tribunal da Catalunha por supostas irregularidades do contrato do jogador com a Barcelona, em 2013. A promotoria local está pedindo a pena de dois anos de prisão para o atleta. De acordo com informações do jornal El País, também estarão no banco dos réus dois ex-presidentes do Barcelona e o ex diretor do Santos, todos acusados de corrupção entre particulares e fraude.
O julgamento é uma decorrência de uma denúncia apresentada há sete anos pela DIS, empresa brasileira especializada no mercado de futebol, que se sentiu ameaçada na transação entre Neymar e Barcelona, já que a empresa detinha 40% dos direitos federativos dele.
O Ministério Público da Espanha exige que o pagamento seja de 8,4 milhões de euros, equivalente a R$45,6 milhões, já a DIS, que havia obtido o percentual em 2009, por um preço correspondente há cerca de 2 milhões de euros, quando o jogador tinha apenas 17 anos de idade, pede uma indenização superior a 150 milhões de euros, convertendo em real para mais de R$815 milhões, isto porque a DIS afirma ter sido vítima de um “golpe” elaborado por Neymar, seus parentes e pelo Barcelona.
“O Barcelona e o jogador quebraram as regras da Fifa e alteraram a livre concorrência no mercado de transferências”, disse a empresa em sua defesa em 2016, quando as acusações foram apresentadas.
A empresa e o MP consideram que, em 2011, ocasião do acordo entre jogador e empresa, Neymar e o pai assinaram dois contratos simulados com o Barcelona, ignorando que parte dos direitos pertenciam à DIS. Um desses contratos, de 40 milhões de euros, teria servido para “amarrar” a assinatura antes de se tornar público, e teria sido feito sem o conhecimento da DIS.
Ainda segundo El País, o Ministério Público pretende pedir dois anos de prisão para Neymar, mais o pagamento de uma multa no valor de 10 milhões de euros e a empresa DIS, pede a pena de cinco anos de prisão para Neymar e que ele esteja impedido, pelo mesmo período, de jogar futebol.
A DIS também pede cinco anos de prisão para os pais do jogador. Nesse caso, o MP pede “apenas” dois anos de prisão para o pai e um para a mãe do atleta.