No último domingo (19), um bloco de carnaval em Magé, na Baixada Fluminense, terminou em tragédia quando um tiroteio matou duas pessoas e feriu pelo menos outras 18. Entre as vítimas estavam uma criança de 9 anos e uma mulher de 35 anos.
De acordo com testemunhas, o tiroteio começou após uma discussão entre um policial civil e um suspeito de integrar uma milícia que atua na região. A briga teria sido causada por divergências sobre o uso de um banheiro que atendia aos foliões na noite de domingo.
Flávio Serafim da Silva Júnior, conhecido como Bu, é suspeito de integrar um grupo paramilitar, e teria sacado uma arma durante a briga. O policial civil Rodolfo Paulo de Brito Santos, pertencente à corporação, reagiu empunhando sua própria pistola e iniciando o confronto à bala. Ambos os homens foram internados em hospitais de Duque de Caxias, cidade vizinha a Magé.
A arma de Rodolfo foi apreendida pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que está investigando o caso. Até o momento, não há informações sobre o armamento utilizado por Serafim, que está sendo procurado por agentes da especializada.
Flávio Serafim da Silva Junior tem passagens pela polícia pelos crimes de receptação e lesão corporal no âmbito de violência doméstica e era considerado evadido do sistema prisional. Ele passou a integrar um grupo paramilitar que atua em Magé, segundo relatos de testemunhas.
Serafim foi baleado na barriga, nas costas e na perna esquerda e passou por cirurgia no Hospital Adão Pereira Nunes, onde recebeu voz de prisão em flagrante e está sob custódia.
Já Rodolfo está em estado grave no mesmo hospital. O policial civil também foi alvejado na barriga e precisou passar por cirurgia na madrugada de segunda-feira. Ele é lotado na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
Além dos dois homens, outras 16 pessoas foram feridas no tiroteio e receberam tratamento em hospitais da região. Quatro delas receberam alta horas depois de darem entrada, mas o quadro mais delicado é o de Paulo Vitor Barros Silva, de 27 anos, que foi baleado na cabeça e no peito e está em estado grave, entubado, no Hospital de Caxias.
Entre os feridos, há também duas gestantes, dois meninos de 6 e 11 anos e um adolescente de 15.
Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35 anos, e a menina Maria Eduarda Carvalho Martins, de apenas 9 anos, não resistiram aos ferimentos e morreram durante o tiroteio.