A Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi acionada para verificar uma denúncia de criação irregular de porcos na tarde de segunda-feira (27). Durante a operação, os agentes encontraram um senhor de 50 anos trabalhando em condições análogas à escravidão na localidade de Carlos Sampaio, em Austin.
O homem trabalhava em troca de abrigo e se alimentava da mesma comida servida aos porcos. Segundo Carlos Januzzi, coordenador operacional da Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, o trabalhador vivia sem banheiro, bebia água do curso d’água próximo e comia a lavagem destinada à alimentação dos animais.
O proprietário da criação ilegal foi preso em flagrante e levado para a 58ª DP (Posse). De acordo com a Polícia Civil, o funcionário vivia em um ambiente sem banheiro e sem uma das paredes, e era obrigado a comer a lavagem destinada aos porcos.
Além da constatação de trabalho análogo à escravidão, o local onde os porcos eram criados clandestinamente foi interditado. As infrações observadas incluem poluição do solo, contaminação de rio e maus tratos a animais. Há indícios ainda de abate ilegal de animais no local. As multas podem chegar a R$ 30 mil.
O trabalhador foi encaminhado para um abrigo da prefeitura de Nova Iguaçu.
