Apenas nos primeiros sete meses deste ano, O Programa de Segurança Presente efetuou 614 mandados de prisão contra foragidos da justiça.
A atuação da equipe na orla do Rio tem tido destaque, pois nos nove bairros analisados, da Zona Sul ao Recreio dos Bandeirantes, 145 pessoas com prisão decretada pela justiça foram localizadas e apreendidas pelos agentes do Segurança Presente.
No mês de junho, um vendedor ambulante foi preso por um agente na orla da Praia de Copacabana. Ele estava foragido há 22 anos pelo crime de estupro.
Em Botafogo, um jovem de 20 anos foi capturado na Praça Nicarajá, ele tinha 66 passagens pela polícia pelos crimes de furto, ameaças, violação de domicílio, desacato e lesão corporal. Ele foi detido enquanto furtava um carro.
“A prisão desse rapaz trouxe uma sensação de segurança imediata para o bairro e representou, nos meses seguintes, uma queda no número de furtos na região”, destaca o major Ricardo Ribeiro, coordenador da Base Botafogo Presente.
Em Copacabana, na rua Djalma Ulrichos, os policiais verificaram o nome de um suspeito no sistema e constataram que ele tinha 10 mandados de prisão em aberto, pelos crimes de assalto e furto. Já os agentes do Barra Presente, ao deterem um homem na Avenida Lúcio Costa e examinar a ficha criminal, descobriram que ele era procurado desde 2018, quando teve três mandados de prisão decretados por roubos no município de Belford Roxo.
A maior média percentual de prisões de procurados pela Justiça, foram realizadas pelas bases do Segurança Presente na Baixada Fluminense. A soma das 11 bases resultou em um total de 163 pessoas detidas, além de a região ter o melhores índices em análise comparativa com o mesmo período de 2021. Em Japeri, foi registrado um aumento de 200% e em Pacarambi de 120%, sendo destaques no índice de localização de foragidos.
Durante a ação em Japeri, um dos foragidos foi detido numa ampliação das ações desenvolvidas pelos agentes para combater os furtos de cabos da Supervia. Os policiais perceberam que a mochila que ele usava estava muito cheia e ao verificá-la, contatou-se que não havia material furtado, mas sim, drogas para revenda. Foi constatado na 63ª DP (Japeri), que o suspeito era procurado por três furtos.
“O sucesso nas prisões está ligado diretamente ao conceito de polícia de proximidade do Segurança Presente e o trabalho dos agentes, sempre atentos, em atuar em áreas de grande concentração de pessoas, como os centros comerciais e turísticos”, analisa a tenente Elisângela Bonino, responsável pelo policiamento na base do Japeri Presente.
Centro Presente lidera por números absolutos o ranking das capturas realizadas, em seguida Niterói e Campos.
Estão espalhadas três bases pela área de maior concentração populacional do Rio. Cinquenta e nove pessoas foram localizadas pelo Centro Presente nos primeiros sete meses de 2022 e quase 9% de todas as prisões de foragidos foram alcançadas pelos policiais do programa.
Um dos casos de destaque foi na Central do Brasil, quando policiais capturaram um homem acusado de matar o advogado André Luiz Monteiro de Almeida, morto em maio durante um assalto no Méier, quando estava em seu carro acompanhado por sua esposa.
Outra prisão importante foi a de um homem, processado e com mandados de prisão expedidos por dois estupros na Cidade de Recife, no Pernambuco.
“A ideia é que cada vez mais tenhamos abordagens de forma eficiente nos locais em que atuamos para, assim, conseguir prender mais pessoas com mandados em aberto. O nosso aliado é o sistema Hórus, que nos possibilita uma consulta mais rápida dos abordados”, afirma o superintendente do Segurança Presente, coronel Francisco Melo.
Em primeiro lugar no Norte do Rio e em terceiro no ranking geral, a base de Campos, que foi inaugurada na primeira quinzena de janeiro, capturou quarenta e quatro suspeitos com mandados em aberto. Durante a prisão de um rapaz de 22 anos, surpreendido ao tentar furtar uma bicicleta na Avenida XV de Novembro, no Centro de Campos, chamou a atenção dos policiais, o fato de ele ter 33 anotações criminais e oito mandados de prisão pelos crimes de furto, tráfico e posse de drogas e ameaça.
A base de Itaboraí também está bem situada no ranking, pois 35 pessoas foram localizadas nas ruas nos primeiros sete meses do ano, entre elas a localização de um homem acusado por homicídio em Santa Maria Madalena, além do crime de ameaça a uma delegada da 71ªDP. No seu histórico havia, ainda, crimes de furto, roubo e violência doméstica.
São Gonçalo e Niterói também apresentaram bons resultados no levantamento. Niterói é segundo no ranking, com 46 pessoas detidas e que estavam com mandados de prisão em aberto, enquanto São Gonçalo registrou 30 prisões.