O Ministério Público solicitou na segunda-feira (19) que fossem retomadas as investigações do inquérito que apura uma denúncia de estupro de vulnerável, realizada em 2009, contra o ator José Dumont, de 72 anos, que foi preso no última quinta-feira (15), por posse de material pornográfico infantil.
De acordo com a denúncia, o suposto crime ocorreu em 2009, em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa.
Uma vizinha do ator efetuou a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), que o remeteu ao MPPB.
“Ela fez a denúncia ao MPF (Ministério Público Federal), que repassou para o Ministério Público Estadual. Ela nos deu um novo depoimento e informou o apelido que ouviu de um dos menores, mas não conseguimos identificar. Na ocasião, uma outra vizinha também fez uma declaração e confirmou os fatos”, afirmou o promotor do caso Antônio Sarmento.
“A vizinha via a movimentação de crianças e informou ter visto ele praticando atos libidinosos com eles. Ela não os identificou, mas disse que não eram moradores do prédio”, informou o promotor.
O porteiro do condomínio também foi interrogado.
“Ele confirmou que José recebia crianças, mas disse que não sabia do que se tratava, que ele deduzia que eram parentes e que nunca presenciou atos criminosos”, explicou o Sarmento.
A Promotoria de Justiça tomou as medidas cabíveis de acordo com os fatos, solicitando a abertura do inquérito, no entanto, a polícia da Paraíba não conseguiu localizar José Dumont.
Cartas itinerantes foram expedidas ao Rio de Janeiro e São Paulo, porém, as autoridades locais também não tiveram sucesso e não conseguiram interrogá-lo.
Sendo assim, não foram obtidos elementos suficientes para denunciar o acusado à Justiça, resultando na paralisação do processo desde 2013.
Com a recente prisão do acusado, o MP da Paraíba requereu a retomada das investigações, retornando os autos à delegacia de origem.
“Solicitamos que agora que ele está preso, ou seja, em local identificado, que fosse interrogado para analisarmos o caso. É preciso identificar essas crianças, que hoje já não são mais crianças. Estamos procurando elementos para instaurar a ação penal deste caso”, finalizou o promotor Antônio Sarmento.
.