Na última quinta-feira (1º), a Polícia Civil anunciou o indiciamento do médico responsável pelo atendimento do menino de 10 anos encontrado morto em decorrência de desnutrição e desidratação grave em Tanguá. A Delegacia de Tanguá, concluiu que a criança estava em estado crítico, mesmo assim foi devolvida aos seus pais após receber atendimento médico.
O menino, cujo falecimento ocorreu no início de maio, apresentava evidências de maus-tratos, incluindo queimaduras pelo corpo. Ele foi descoberto sem vida em sua residência, localizada em Chácaras do Pinhão, na Região Metropolitana do Rio, depois de ter sido submetido a tratamento hospitalar. Os pais da vítima, identificados como Edson Candida Emerencio e Sabrina dos Santos Andrade Emerencio, foram presos em flagrante.
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De acordo com as autoridades policiais, o médico exercia a função de agente garantidor dos direitos da criança e, portanto, tinha a responsabilidade de protegê-la. Ele será acusado de homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de matar, além de responder pela falta de notificação às autoridades competentes sobre a prática de violência contra a criança.
Além do médico, o diretor do hospital e quatro conselheiras tutelares também serão responsabilizados por não terem alertado as autoridades sobre a situação. Segundo a Polícia Civil, a equipe de enfermagem havia recomendado que o paciente não recebesse alta e que as autoridades fossem acionadas. Contudo, o médico insistiu na liberação, justificando que o pai da criança era um guarda municipal.
Os pais do menino foram presos em flagrante sob suspeita de abuso e negligência. Eles também serão acusados de homicídio culposo e abandono material. O casal possui outros dois filhos, que também apresentavam marcas de agressão pelo corpo. Atualmente, as crianças estão sob os cuidados de parentes. A polícia está investigando a possibilidade de um dos filhos ter sido vítima de abuso por parte do pai.
