O policial militar Waldir Jefferson Gomes Ribeiro se entregou à Corregedoria da corporação após assassinar a tiros o sargento Adil da Cruz Marques, de 45 anos, e a enfermeira Jaqueline de Araújo, de 47. O crime ocorreu na tarde de sábado (22) em Piabetá, distrito de Magé, na Baixada Fluminense.
De acordo com as investigações, Jaqueline era ex-companheira de Waldir, que não aceitava o fim do relacionamento. O sargento Adil, atual parceiro da enfermeira, também foi alvo do ataque. Segundo testemunhas, o atirador foi até a residência do casal, chamou por eles e, ao serem atendidos, disparou. Jaqueline morreu no local, enquanto Adil chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
O delegado André Cavalcante, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmou que Waldir está sendo interrogado antes de sua prisão ser oficialmente solicitada. Paralelamente, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um procedimento interno para apurar o caso. Em nota, a corporação destacou que não compactua com condutas criminosas e que colabora integralmente com as investigações.
O sargento Adil da Cruz Marques atuava há 23 anos na PM e estava lotado no 34º BPM (Magé), além de integrar a Operação Segurança Presente na cidade. Ele deixa um filho. O sepultamento ocorreu no domingo (23), no Cemitério Bongaba, em Piabetá.
Jaqueline trabalhava na Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciência e Tecnologia (Fundec), em Duque de Caxias. Nas redes sociais, sua filha lamentou: “Pior dia da minha vida! Minha mãe foi tirada da gente da pior forma!”. Amigos e colegas da vítima também se manifestaram, revoltados com o feminicídio. “Ela treinava, trabalhava, estava seguindo a vida, e o ex-companheiro não aceitou. Até quando isso vai continuar acontecendo?”, questionou uma amiga.
O enterro de Jaqueline está marcado para esta segunda-feira (24), no Cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti.