Um professor da Escola Municipal Rachide da Glória Salim Saker, localizada no bairro Santa Bárbara, na Zona Norte de Niterói, enfrenta alegações graves de estupro vulnerável por parte de mães e responsáveis de alunas com idades entre 11 e 12 anos. O caso foi levado à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na última terça-feira (29). Como resposta, a Secretaria Municipal de Educação tomou a medida de afastar o professor até que as investigações sejam concluídas.
Uma das mães, representando uma adolescente de 11 anos, reportou que o professor teria esfregado seus órgãos genitais em um dos ombros da aluna no dia 21 do mês passado. Segundo relatos, outras alunas e alunos também foram vítimas do mesmo tipo de comportamento. A situação levou um grupo de mães a se reunir com a direção da escola no dia 22, em busca de respostas.
“Para a nossa surpresa, a pauta era para falar do comportamento das alunas dentro da sala de aula. A direção alegou que as meninas levantavam as camisas dentro da sala. A atitude do professor não foi pautada na reunião. Com isso, não assinamos a ata”, relatou uma das mães presentes.
A gravidade da situação levou uma das vítimas a passar por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto.
As denúncias sugerem que os abusos acontecem desde o ano anterior, com alegações de comportamento inadequado do professor, inclusive toques impróprios, desde então. As mães e responsáveis pedem por ações concretas por parte da escola.
Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-Niterói) expressaram repúdio a esse tipo de conduta, enfatizando o compromisso com a integridade dos alunos.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Fundação Municipal de Educação (FME) emitiram uma nota informando que foram notificadas sobre o caso e que estão tomando medidas pedagógicas apropriadas. Além disso, a escola acionou o Conselho Tutelar.
“A SME e a FME seguirão acompanhando o caso, prestando assistência à escola e à estudante e seus familiares. A SME e a FME lamentam e repudiam profundamente qualquer ato de violência, e prezam sempre por um ambiente escolar de respeito, inclusivo e acolhedor”, declararam os órgãos na nota oficial.