Professores e funcionários administrativos da rede estadual de educação do Rio de Janeiro iniciam uma greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (17). A decisão de greve foi aprovada em assembleia realizada no dia 11 de maio. A categoria reivindica a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e um piso justo para os funcionários administrativos.
Na semana passada, o Governo anunciou que concederia um reajuste para todas as carreiras de professores, a ser pago a partir da folha salarial de maio. No entanto, segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), o Governo apresentou uma proposta que não abrange todos os professores. Em vez de uma incorporação do piso, o plano do governo prevê um reajuste apenas para os salários abaixo do piso. Essa correção será concedida somente a 33% dos aposentados e a 42% dos professores ativos. Os profissionais que recebem acima do piso não receberão nenhum reajuste.
De acordo com Samantha Guedes, coordenadora do Sepe, o governador Cláudio Castro está acabando com o plano de carreira dos servidores ao oferecer o valor do piso nacional somente para os profissionais que estão ingressando na Secretaria de Educação (Seeduc) agora.
O estado do Rio de Janeiro atualmente possui o pior salário para educadores na rede estadual em todo o país. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420,55, o professor do estado recebe um vencimento base de apenas R$ 1.588, referente a uma carga horária de 18 horas semanais.
A categoria realizará uma nova assembleia nesta quinta-feira (18), às 14h, no Largo do Machado, e depois seguirá em direção ao Palácio Guanabara, onde pretende ser recebida pelo governador, buscando uma solução para suas reivindicações salariais e melhores condições de trabalho.