Uma clínica de estética que funcionava de forma clandestina no bairro Barreto, em Niterói, foi interditada nesta quarta-feira (12) durante uma operação conjunta da Vigilância Sanitária, do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) e da Polícia Civil. A proprietária, que realizava procedimentos estéticos sem qualquer formação na área da saúde, foi presa em flagrante e encaminhada para um presídio no Rio de Janeiro.
A ação, batizada de “Operação Pharmakon” — termo de origem grega que significa tanto “remédio” quanto “veneno” — foi deflagrada após denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia, que apontavam que o local realizava procedimentos invasivos e aplicações de medicamentos injetáveis sem licença ou qualificação profissional.
Ao chegarem ao imóvel, agentes da Vigilância Sanitária e guardas municipais confirmaram diversas irregularidades. A clínica não tinha autorização de funcionamento e a responsável não era médica, dentista ou biomédica. Mesmo assim, aplicava substâncias farmacológicas em clientes, colocando a saúde de frequentadores em risco.
Entre os materiais apreendidos havia medicamentos vencidos, produtos armazenados de forma inadequada — incluindo frascos guardados em uma geladeira junto a alimentos — seringas abertas, itens usados em procedimentos invasivos e até uma máquina de bronzeamento artificial, equipamento proibido pela Anvisa desde 2009 devido aos riscos graves à saúde.
Com base nas irregularidades identificadas, o estabelecimento foi interditado e todos os produtos foram apreendidos. A proprietária responderá por exercício ilegal da profissão e crime contra as relações de consumo.
As investigações seguem em andamento. Segundo a Prefeitura de Niterói e a Polícia Civil, novas operações devem ocorrer em outros bairros para reforçar o combate a práticas ilegais no setor de saúde e estética.