Irmã de Enda, mulher mantida em cárcere privado com os filhos por 17 anos, que pediu para não ser identificada, contacta a irmã por telefone e tem um primeiro contato após anos de separação, devido à agressividade e possessividade extrema do cunhado.
“Convivi com ela até as crianças nascerem. Depois, ele começou a prender ela, não deixava sair, não deixava a gente ver ela. A gente falou que ia denunciar ele e ele foi embora, sumiu”, afirma a irmã de Edna.
Ela, que nunca deixou de procurar a irmã, devido a duas décadas sem contato, achou que Edna tivesse morrido, mas se surpreendeu ao ver o noticiário na televisão e constatou que a situação da irmã e dos sobrinhos eram muito mais graves do que uma vez já havia imaginado.
“Achei que ela tinha morrido, sei lá, do jeito que ele era agressivo, que ele tinha matado, não sei. Fiquei apavorada quando vi na reportagem. Até então, não sabia. Depois que vi, vi que o caso é bem mais grave do que eu imaginei. “ contou ela.
“Ela está muito magrinha, irreconhecível. Mas me deu um tchau, jogou beijo. Agora só quero dar um abraço nela, vou beijar ela. Ela tá precisando de muito carinho agora”, concluiu a irmã de Edna, que fez uma chamada de vídeo com a irmã por telefone e devem se encontrar em breve.
Ainda internada no hospital, Edna prestou na sexta-feira (29) um depoimento à polícia, em razão aos maus tratos vividos por ela e seus dois filhos, que têm 22 e 19 anos, ambos em desnutrição extrema e com aparência de crianças pequenas. Edna solicitou uma medida protetiva para ela e os filhos.
O agressor, Luiz Antônio Santos Silva, está preso em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele deve passar por uma audiência de custódia ainda neste sábado (30).