O julgamento de Cíntia Mariano Dias Cabral, acusada de envenenar e matar sua enteada Fernanda Cabral e tentar matar seu enteado Bruno Cabral, foi adiado novamente por conta da ausência de duas testemunhas de defesa. A nova data para retomada do caso foi marcada para 15 de maio.
Na audiência, foram ouvidas duas testemunhas de defesa, o perito médico Leonardo Dias Ribeiro, ex-diretor do Instituto Médico Legal (IML), e a médica Marina de Carvalho, que atendeu Fernanda Cabral nos primeiros momentos em que chegou ao hospital. A médica afirmou que não suspeitou do envenenamento da jovem e que sua função era estabilizar o estado da paciente para encaminhá-la ao CTI.
O caso levantou questionamentos sobre a decisão de não encaminhar o corpo de Fernanda para perícia, mesmo após apresentar sintomas de envenenamento. O médico Leonardo Ribeiro concordou que deveria ter sido feita a perícia antes do velório e sepultamento.
Fernanda faleceu após 13 dias internada, sendo atendida por 11 médicos diferentes. A acusada é suspeita de envenenar seus enteados com chumbinho no feijão, com intervalo de dois meses entre os casos. Bruno conseguiu escapar e relatou ter passado mal após um almoço na casa da madrasta, em maio do ano passado. A polícia foi acionada após a suspeita de envenenamento e Cíntia foi presa.
A juíza responsável pelo julgamento destacou que essa é a última oportunidade para encontrar as duas testemunhas da defesa. Caso não sejam localizadas, o próximo julgamento incluirá o interrogatório de Cíntia. A acusada permanece presa à disposição da justiça.