Durante o período do Carnaval 2023, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro implementou um esquema especial de segurança, visando garantir a tranquilidade e a ordem pública durante a festa. Com um planejamento estratégico bem elaborado, a operação contou com um reforço operacional de 3 mil agentes em todo o estado, além da abertura de uma delegacia temporária na Marquês de Sapucaí.
O resultado desse esforço foi bastante positivo. Ao longo dos seis dias de festa, a Polícia Civil prendeu 596 pessoas, sendo 491 em flagrante por diversos crimes, como furto, roubo, estelionato, cambismo, injúria racial, lesão corporal e ameaça. Em apenas na capital foram 241 presos. Além disso, foram apreendidas 117 armas de fogo em todo o estado e 64 adolescentes infratores.
As Delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) também tiveram um reforço de 50% do efetivo durante o Carnaval. As policiais realizaram ações de conscientização e prevenção à violência contra a mulher em diversas regiões do estado, distribuindo folhetos, cartazes e conversando com o público que curtia a folia nas ruas e nos blocos. A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) também contou com um reforço de 50% do efetivo e guias bilíngues da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) para auxiliar no acolhimento aos turistas estrangeiros.
Na Marquês de Sapucaí, a Projeção da 6ª DP (Cidade Nova), no Setor 11, funcionou como uma delegacia temporária, onde os policiais confeccionaram registros de ocorrência e termos circunstanciados, além de garantir o acolhimento e atendimento ao público que acompanhava os desfiles das escolas de samba. Um dos casos registrados foi de injúria racial contra uma funcionária, que prestava serviço no local. Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos e o autor foi proibido de frequentar a Marquês de Sapucaí.
Para garantir a segurança do público, uma equipe multidisciplinar atuou no local, com delegados, agentes, peritos criminais, peritos legistas e policiais de delegacias especializadas, como Deam, Deat, Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). A Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) também realizou a vistoria dos fogos de artifício e da cautela de armas de fogo na Marquês de Sapucaí.