Pérola Hadassa Nery Paixão, de apenas 3 anos, está internada em estado grave após sofrer uma queda dentro da Escola Municipal Pastora Margarete Ribeiro Araújo, no bairro Jardim Alcântara, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. O acidente ocorreu na última segunda-feira (17), mas, segundo a família, a escola só comunicou o fato no momento da saída da criança. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
De acordo com a mãe da menina, Marlene Ribeiro, de 27 anos, Pérola caiu enquanto brincava com colegas no horário escolar. No entanto, a unidade de ensino não acionou os responsáveis e nem buscou atendimento médico imediato. “Ela foi para a escola alegre, estava bem! Quando fui buscá-la à tarde, já tinha tomado o tombo e vomitado. A professora não me ligou, não fez nada. Só na hora da saída, ela veio falar que o amigo empurrou a Pérola e que ela caiu. Esse caso aconteceu às 15h. Só fui buscar minha filha às 17h. Ela ficou duas horas com minha filha sem me dar um aviso”, desabafou a mãe.
Ao chegar em casa, Pérola voltou a vomitar, o que levou os pais a procurarem atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Colubandê. No local, os médicos constataram a gravidade do quadro e encaminharam a criança para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), onde passou por uma cirurgia no crânio. “Chegando na UPA, ela vomitou dentro do consultório. A pediatra viu que era grave e a mandou para a sala vermelha. Depois dos exames, ela foi encaminhada para o hospital”, contou Marlene.
A mãe também afirmou estar indignada com a falta de comunicação da escola. “A professora não me ligou quando ela caiu. Além disso, ainda botou a Pérola para dormir. Ela vomitou e, mesmo assim, não me ligaram”, lamentou.
O caso foi registrado na 74ª Delegacia de Polícia (Alcântara), que solicitou imagens das câmeras de segurança da escola para esclarecer as circunstâncias da queda.
Diante da gravidade da situação, a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Gonçalo determinou o afastamento imediato da diretora da escola e da professora responsável pela criança. Além disso, foi aberta uma sindicância para apurar responsabilidades e tomar as medidas cabíveis. Em nota, a secretaria informou que lamenta profundamente o ocorrido e se colocou à disposição da família. O órgão também destacou que o município oferece cursos regulares de primeiros socorros para os profissionais da Educação, a fim de prepará-los para situações de emergência.
O episódio reacende o debate sobre a segurança e os protocolos adotados em escolas para lidar com acidentes envolvendo crianças, especialmente no que diz respeito à comunicação imediata com os responsáveis. Enquanto as investigações avançam, a família segue em busca de respostas e justiça para Pérola.