O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que ligou para os familiares do cabo da Polícia Militar Bruno Costa, de 38 anos, que morreu durante confronto no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio . Outras 17 pessoas também morreram durante a operação.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro também lamentou a morte do cabo durante a sua live semanal, sem comentar sobre as outras 17 mortes que ocorreram durante a operação.
“Nossos sentimentos à família, lamentamos o ocorrido, e obviamente, né. Até hoje, o Rio de Janeiro tem área de exclusão, onde a Polícia Militar não pode agir, por decisão do Supremo Tribunal Federal e a bandidagem cresce nessa área e a polícia militar fica com dificuldade de combater esses marginais.”
No início do ano, o STF julgou a ação conhecida como “ADPF das Favelas”, que trata de medidas para impedir que forças policias do rio entrem nas comunidades para reprimir as facções. Antes, essas restrições estavam em vigor por força de liminar dada pelo ministro Edson Fachin.
Bolsonaro comparou a decisão do STF com um filme de cowboy e disse que quanto mais “protegida” é a área, mais armados ficam os criminosos.
“É algo parecido quando a gente via filme de cowboy no passado, quando alguém cometia um crime nos Estados Unidos e ele fugia. Quando chegava no México, a patrulha americana não podia entrar naquele estado, e ele estava em paz no México. A mesma coisa acontece no Rio de Janeiro. Nessas áreas protegidas no STF, quanto mais protegido, melhores armados vão ficando e quando entram em ação o lado de cá, lado da lei, por muitas vezes sofre baixas como aqui do prezado paraquedista cabo de Paula. Nosso sentimentos aos familiares, que Deus conforte e acolha o de Paula na sua infinita bondade.”