Na última sexta-feira (01), a 67ª DP (Guapimirim) realizaram a preisão de um homem após denúncias de abuso infantil. O homem foi acusado de agredir violentamente seus quatro enteados, todos menores de idade.
As agressões começaram quando a mãe das crianças saiu de casa para trabalhar na cidade do Rio de Janeiro, retornando apenas na sexta-feira à noite. O acusado proibiu as crianças de saírem de casa na sexta-feira (25/08) e após elas saírem, o homem teve um surto de violência.
As crianças foram submetidas a um pesadelo na segunda-feira seguinte (28/08), quando o acusado as acordou, trancou-as nuas em um quarto e as agrediu com um cabo de vassoura, quebrando-o durante as agressões. Em seguida, ele usou um pedaço de madeira para continuar os ataques, causando sérias lesões, incluindo fraturas nos dedos de uma criança de 9 anos e mordidas em outra de 4 anos.
As condições desumanas levaram as crianças a urinarem e defecarem no cômodo, o que resultou em castigos cruéis, incluindo a obrigação de limpar o chão com a língua, beber urina e passar fezes no rosto.
A avó materna das crianças desconfiou do que estava acontecendo quando elas não foram à escola durante toda a semana. Na quarta-feira (30/08), ao tentar investigar, foi impedida de entrar na casa pelo acusado, que alegou que tudo estava normal. No entanto, vizinhos relataram as agressões, levando a avó a questionar o estado terrível em que encontrou seus netos.
A tortura das crianças foi comunicada à delegacia na madrugada de quinta-feira (31/08). As crianças mais velhas confirmaram as agressões em seus depoimentos, enquanto o acusado admitiu ter “perdido a cabeça”. Em face das provas e da gravidade das acusações, um mandado de prisão preventiva foi emitido por tortura, de acordo com a Lei Henry Borel.