O corpo de Lucas Celestino de Oliveira, de 27 anos, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (9) às margens da BR-101, na altura do Porto do Rosa, em São Gonçalo. O jovem, que trabalhava como operador de estacionamento e era corredor amador, estava desaparecido desde a madrugada da última terça-feira (8), quando saiu para correr como fazia diariamente.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, o corpo foi localizado por volta das 11h, parcialmente encoberto pelo mato às margens da rodovia. Familiares e amigos reconheceram o corpo no local. A Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNSG) foi acionada e investiga as circunstâncias da morte.
Testemunhas apontaram a possibilidade de atropelamento, mas a hipótese ainda está sendo analisada pelos agentes. Imagens de câmeras de segurança da região devem ser requisitadas para auxiliar na investigação.
De acordo com o advogado da família, a localização do corpo só foi possível graças ao sinal do GPS do relógio esportivo utilizado por Lucas. O aparelho, que permaneceu ativo mesmo após o desaparecimento, foi essencial para que colegas do jovem refizessem o trajeto habitual da corrida. Utilizando o celular dele, que havia ficado em casa, conseguiram rastrear o sinal do relógio e chegaram ao ponto onde o corpo estava.

Amigos e familiares demonstraram profunda consternação no local. “Moleque novo, tinha acabado de conseguir esse emprego. Eles estavam ajeitando a casinha, começando a vida. Era atleta, amava correr. Naquele dia, íamos à praia depois da corrida. Tudo normal. Muito triste, sem palavras”, desabafou o amigo Paulo Bruno, que foi padrinho de casamento de Lucas.
Lucas mantinha uma rotina rigorosa. Saía para correr nas primeiras horas da manhã antes de seguir para o trabalho em um shopping em Niterói. Na terça-feira, ele deixou a casa onde morava com a esposa por volta das 5h30 e, desde então, não havia sido mais visto. A angústia da família aumentou ao perceber que o GPS do relógio indicava interrupção súbita do percurso.
A esposa, Maria Eduarda Celestino, relatou que o marido era disciplinado e nunca deixava de concluir o trajeto das corridas. “Ele era muito cuidadoso, controlava tudo com o relógio. Sabia exatamente o que fazia. A gente sabia que algo estava errado quando ele não voltou nem deu notícias”, disse, emocionada.
A Polícia segue com as investigações para determinar as causas da morte. Até o momento, não há confirmação oficial sobre atropelamento ou qualquer outra hipótese. O caso mobilizou a comunidade local, que acompanhou as buscas pelas redes sociais e agora se despede do jovem com tristeza e perplexidade.